Prelo

Autoconfiança e Comunidades Literárias

March 21, 2024 Tiago Novaes Episode 95
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Autoconfiança e Comunidades Literárias
Mar 21, 2024 Episode 95
Tiago Novaes

#095 – Os dias não nascem iguais. 

Alguns começam bem e terminam mal. Uns são de festa, outros de ressaca. 

Tem vezes que a gente acha que conquistou o equilíbrio, até que um pensamento ruim vem roubar o sono, e você passa duas horas para se acalmar e convencer-se de que está tudo bem de novo.

O budismo chama isso de doença do pensamento: raiva, desejo, insegurança estão sempre agitando as águas da nossa consciência.

É o amanhã que promete algo. É o amanhã que nos ameaça. É a dor na perna. É a mágoa e o remorso. Remordimento, remoer, morder, estas palavras compartilham a mesma origem: como se dentro de nós um roedor estivesse nos comendo vivos. 

Na era do isolamento digital, perdemos recursos para lidar com estas ondas de humor. Ao que parece, a sociabilidade, por empatia e mímese, nos ensina a lidar com os nossos escrúpulos e neuroses. A alegria do amigo pode atenuar a nossa melancolia. A tristeza do outro ajuda a enxergar as próprias misérias com mais distanciamento. 

Cultivar a paciência e a curiosidade perante a “outridade” do outro, com suas manias e particularidades, faz de nós criaturas melhores.

No episódio desta semana de Prelo, falo da influência sobre o ato criativo de duas forças aparentemente antagônicas: a autonomia e a sociabilidade. 

Nesses pouco mais de quarenta minutos, vou te mostrar, a partir de experiências e investigações científicas, como que fazer parte de alguma comunidade de autores pode te ajudar a emancipar a sua atividade das oscilações cotidianas. E como cuidar disso que parece exercer tanto efeito sobre como nos apresentamos para o mundo: a confiança em si e no que se faz.

Show Notes

#095 – Os dias não nascem iguais. 

Alguns começam bem e terminam mal. Uns são de festa, outros de ressaca. 

Tem vezes que a gente acha que conquistou o equilíbrio, até que um pensamento ruim vem roubar o sono, e você passa duas horas para se acalmar e convencer-se de que está tudo bem de novo.

O budismo chama isso de doença do pensamento: raiva, desejo, insegurança estão sempre agitando as águas da nossa consciência.

É o amanhã que promete algo. É o amanhã que nos ameaça. É a dor na perna. É a mágoa e o remorso. Remordimento, remoer, morder, estas palavras compartilham a mesma origem: como se dentro de nós um roedor estivesse nos comendo vivos. 

Na era do isolamento digital, perdemos recursos para lidar com estas ondas de humor. Ao que parece, a sociabilidade, por empatia e mímese, nos ensina a lidar com os nossos escrúpulos e neuroses. A alegria do amigo pode atenuar a nossa melancolia. A tristeza do outro ajuda a enxergar as próprias misérias com mais distanciamento. 

Cultivar a paciência e a curiosidade perante a “outridade” do outro, com suas manias e particularidades, faz de nós criaturas melhores.

No episódio desta semana de Prelo, falo da influência sobre o ato criativo de duas forças aparentemente antagônicas: a autonomia e a sociabilidade. 

Nesses pouco mais de quarenta minutos, vou te mostrar, a partir de experiências e investigações científicas, como que fazer parte de alguma comunidade de autores pode te ajudar a emancipar a sua atividade das oscilações cotidianas. E como cuidar disso que parece exercer tanto efeito sobre como nos apresentamos para o mundo: a confiança em si e no que se faz.